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ondas suaves

Ondas Suaves não é nada mais que a tradução literal dos caracteres 宁波 (Ningbo). Uma pequena cidade costeira situada na província de Zhejiang, China.

ondas suaves

Ondas Suaves não é nada mais que a tradução literal dos caracteres 宁波 (Ningbo). Uma pequena cidade costeira situada na província de Zhejiang, China.

Cerimónia de abertura

Ontem foi a cerimónia de abertura aos novos alunos estrangeiros da Universidade de Ningbo. Um cerinómia longa, como seria de esperar, onde várias personalidades da universidade tiveram a palavra em discursos onde predominava o chinês (seguidos de tradução para inglês). De todos os discursos, tenho a destacar as palavras do Reitor. Esperava um discurso longo, secante e sem nada a reter, mas fui surpreendido por um discurso bem cativante. Posso sintetiza-lo nas seguintes frases: Dos novos alunos espera-se aquilo que se espera de todos os estudantes estrangeiros, apliquem-se nos estudos e  abracem a cultura chinesa.  Façam da China a vossa sala de aula, e quando voltarem a casa sejam os embaixadores da cultura chinesa, sejam a ponte entre a China e o resto do mundo.

 

Com um auditório completamente repleto de novos estudantes estrangeiros, centenas entre os milhares já existentes (cerca de 2700), o Reitor assinalou o facto de conviverem harmoniosamente no mesmo espaço universitário mais de 70 nacionalidades, e por mais de uma vez relembrou que o mais importante é conseguirmos atingir um mundo onde todos consigamos viver em paz e harmonia. É essencial recolher esta vivência intercultural e levar connosco uma experiência de harmonia entre todas estas religiões e nacionalidades, para quando voltarmos aos nossos países relembrarmos-mos de que é possível convivermos todos num mundo onde predomina a paz. É possível? É utópico? Cabe a cada um de nós fazer por isso.

 

eu
O post já vai longo e eu não vos quero maçar mais, mas aqui fica a primeira foto onde apareço (para confirmarem que estou na China). A qualidade é má porque foi tirada de longe e com zoom, pelos meus amigos sul-coreanos. Tive de subir ao palco (não estava nada a espera) para receber aquela pasta, porque fui um dos 12 escolhidos (na falta de europeus para as fotos, o tuga tem de fazer o seu papel) para representar os estudantes "patrocionados" pelo Governo Chinês.

Abraços!

Estratégias para se comer bem

base

 

 Como devem imaginar, por vezes uma refeição pode-se tornar num autentico pesadelo como também se pode tornar num grande banquete. Existem estratégias que passamos a adoptar para evitar os pesadelos e tornar todas as refeições num autêntico manjar. Infelizmente tivemos de aprender por experiência própria e não tanto por conselhos de outros estrangeiros.

 

 Ora, se quiserem comer bem têm de arriscar, quanto mais se arrisca maior é a probabilidade de experimentar pratos de fazer chorar por mais. Seguem as dicas:

 

1º- Escolher o local. Obviamente que escolher o local depende se queremos algo rápido ou se queremos comer descansados da vida.

Já vos falei do nosso top, é primordial chegar a um consenso quanto ao top. Se queremos comer fora do top, a escolha passa por locais que estejam cheios e evitar ao máximos locais pouco frequentados. Parece fácil, mas o problema dos locais cheios é mesmo esse, estarem cheios. Se não tivermos lugar para sentar, é só decorar o sítio e voltar noutro dia.

 

2º- Depois de acertar no restaurante, tem de se acertar nos pratos. A primeira vez é sempre um tiro no escuro, mas depois tudo se torna mais fácil. Tem de haver sempre um prato "base" que serve de seguro para não se passar fome. Depois do prato base (1 ou 2), junta-se o arroz (é sempre bom) e arrisca-se em mais dois novos pratos.

 

3º-Criar empatia com os funcionários. Nunca falar mal do prato e acenar sempre com um sorriso, mesmo que estejamos a comer algo que detestamos. Eles gostam de ter estrangeiros nos restaurantes e nós obviamente que gostamos de comida chinesa. Lentamente vamos criando locais onde comemos que nem lordes e sempre por preços baratos.

 

bae
As fotos que vos deixo são de «pratos base» de diferentes resaurantes. Fico com água na boca só de ver as fotos, simplesmente deliciosos.
Abraços!

 

 

Aulas todos os dias

Segundo o calendário escolar vamos ter 7 dias de férias, por causa do feriado nacional. Mas, há sempre um mas, esses 7 dias passam a 3, quando descontamos o fim de semana, e as aulas suplentes que temos no sábado e domingo antes e depois das férias. Por acaso, uma das professoras disse que não marcaria falta aqueles que tivessem eventos religiosos marcados para o domingo. Estive quase quase para dizer que no domingo vou sempre à missa, mas não, vamos lá experimentar ter aulas todos os dias da semana.

 

universidade ningbo

Já era tempo de vos mostrar um bocadinho da Universidade de Ningbo, e esta foto é isso mesmo, um bocadinho de nada da universidade. Os edifícios por detrás do local onde costumo ter aulas. Com o tempo, vou mostrando mais da universidade.

Abraços!

#comida com sabor a casa

 

 

kebab

 Os dias vão passando e mesmo fazendo duas refeições diárias, ainda temos dezenas de novos locais para experimentar. No entanto, existe um local onde a única comida que servem sabe que nem comida portuguesa, na verdade, talvez nem saiba a comida portuguesa mas por e simplesmente não sabe a comida chinesa. Por mais locais novos que se experimente, o kebab do Badu está sempre no nosso top3. Sim, temos um top, é a maneira mais fácil de decidir onde comer quando não estamos no espirito aventureiro. Acreditem que as opções são praticamente infinitas e existem restaurantes dos quais ainda hoje me fica a doer a barriga so de me lembrar.

 

 O kebab do Badu não é só mais um kebab, é o melhor kebab que já comi. Não sei o que ele põe lá dentro, mas o sabor é divinal. Seja de dia ou de noite, o Badu tem sempre clientes, maioritariamente estrangeiros. É o melhor local para se comer quando estamos com pres

 

 Na foto, está o Badu a preparar a nossa comida (lá ao fundo) e os dois que estão sentados são o Cenk (Alemanha) e o Hannes (Islândia), só falta o Victor (Sibéria, Rússia) que devia estar a comprar espetadas de polvo frito na barraca do outro lado da rua. Assim fica já apresentado o meu grupo de amigos para as refeições (somos o chamado "grupo europeu"), como temos os gostos parecidos é mais fácil de sobreviver.

 

Este é sem picante, mas aqui já nem preciso de dizer nada, o Badu sabe que o português não gosta de picante. 

 

kebab
Abraços!

Ningbo, a Liampó dos portugueses.

Nos primeiros dias de aulas aprendemos coisas básicas em chinês, uma das coisas que aprendemos é a perguntar a nacionalidade uns dos outros. Uma pergunta muito importante neste ambiente tão internacional. Quando as professoras fazem grupos de nacionalidades para responder em coro, fico sempre sozinho e é sempre motivo de risada. Poucos sabem o meu nome (nunca pensei que João fosse tão difícil de pronunciar), mas todos sabem que sou português.

 

Hoje, no fim de uma aula, juntou-se um pequeno grupo das mais variadas nações e entre conversas paralelas um dos meus colegas perguntou-me se era mesmo o único português em toda a universidade, em jeito de brincadeira respondi-lhe que possivelmente era o único em Ningbo. Com a atenção de todos focada na nossa conversa, alguém dispara: “Talvez sejas o primeiro!”. Como estávamos juntos à janela, que tem a vista que vos mostro na foto, apontei para o rio e respondi:

 

“Estás a ver aquele rio? À uns 400 e tal anos atrás, havia ali portugueses a navegar.”

 

rio ningbo

A história dos portugueses com a então Liampó, agora Ningbo, fica para depois. Por agora, fiquemo-nos com a descrição que Fernão Mendes Pinto fez deste rio à uns 400 anos atrás.

 

Por entre estas duas ilhas a que os naturais da terra e os que navegam aquela costa chmam as portas de Liampó, vai um canal de pouco mais de dous tiros de espingarda de largo, com fundo de vinte até vinte e cinco braças, e em partes tem angras de bom surgidouro e ribeiras frescas de água doce, que descem do cume da serra por entre bosques de arvoredo muito basto de cedros, carvalhos e pinheiros mansos e bravos, de que muitos navios se provêem de vergas, mastos, tabuado e outras madeiras, sem lhe custarem nada.

 

# comida de rua

comida de rua
 O pequeno bairro onde vivo emana um cheiro constante a comida. Por mais ruas que se ande, esquinas que se cruze, há sempre um cheiro a comida que nos persegue. Por vezes dá vontade de comer, outras vezes dá vontade de vomitar. 
 
 Existe uma quantidade absurda de restaurantes, mas o cheiro a comida provém essencialmente das centenas de barraquinhas de rua espalhadas ao longo das ruas. Vende-se todo o tipo de comida que se possa imaginar. A minha primeira tentativa foi nesta banca, basta pedir o que queremos e ele ou põe na chapa ou põe numa panela com óleo preto, dá umas pinceladas daqueles molhos com aspecto nojento, umas pitadas de especiarias e fica pronto a comer.
O resultado é este:
food
Não sei como é suposto comer, porque apenas te dão os sacos para a mão. A verdade é que raramente como as comidas dessas barracas de rua porque nunca tenho ninguém que me queira acompanhar nessas experiências, no entanto, prometo que ainda ei de tentar mais comidas. Só é preciso ter muita fome e coragem. Abraços!

 

#Ningbo

ningbo

 Ningbo em si é uma região pequena para os parametros chineses, mas não deixa de ser uma cidade com uns 7 milhões de habitantes. Os meses que me restam de estadia não chegam para ficar a conhecer nem metade desta cidade. O que nós chamamos de centro da cidade é aquilo que podemos esperar: caótica, grande, estilo ocidental, mas claro que com o toque chinês em tudo.

 Demora-se cerca de 45 minutos da universidade ao centro da cidade, pelo caminho passamos por zonas completamente degradadas e sem qualquer sentido ornamental.

 Os autocarros estão sempre a passar, nunca esperei mais que 3 minutos por um, no entanto, tem de se atropelar umas quantas pessoas e empurrar outras tantas se quiseres entrar. Não são aconselháveis a claustrofobicos porque temos de nos apertar ao máximo para caberem todos, e quando se pensa que já não cabe nem mais uma mosca, lá entram mais 10 ou 20 pessoas. Abraços!

Skype

Ainda não tenho internet, mas a do vizinho sul coreano (Park para os amigos, Hanguisdfndfndgskj para a familia) vai funcionando por enquanto.

Vai dando para falar pelo skype, a única maneira que têm para falar comigo, visto que o facebook está bloqueado.

O email da conta é : j.pascoal@outlook.pt .

 

Abraços!

#comida

Comida Pequim

 Primeira refeição na China serviu para aprender que eles adoram picante. O problema é que eu não gosto de picante nem por nada. A primeira frase que tive de aprender e que uso todos os dias desde então: «不要辣», «bu yao la» ou seja, «por amor de deus, não me ponhas picante na comida».

 

 Estamos perante um prato confecionado numa cozinha paradisiaca para a ASAE, eu bem tentei tirar foto da cozinha, mas a cozinheira não me deixou. Essa massa super picante com soja e outras coisas, mais uma caixinha de nuggets e uma cola foi menos de 2€.

 

Aquelas mãos besuntas são do indiano que não conseguia comer com pauzinhos.

 
rest pequim

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